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Ollanta Humala(Peru) Dilma Rousseff (Brasil) foto André Desk/AE |
Por: Casimiro Ríos García
Por muitos anos, os peruanos usaram nas urnas a técnica do papel, pela qual, por meio de uma lista disponibilizada com a foto dos candidatos ou símbolo do partido, os eleitores faziam a escolha, marcando com um “X” a sua escolha. Após as 16 horas da tarde os membros da mesa contavam, um por um, o voto dos peruanos. Em 2011, pela primeira vez, nas eleições presidenciais, foram utilizadas as chamadas urna eletrônica, graças à influência do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A Oficina Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) informou que os primeiros resultados da aplicação do Voto Eletrônico Presencial (VEP) no distrito de Pacarana cidade do interior Canhete, obtiveram em vinte minutos os resultados da votação na seção N° 239930.
Os peruanos já estavam muitos curiosos, mas tinham algumas dúvidas sobre a eficácia das novas urnas: queriam saber se não haveria possibilidade de fraudes na hora de votar, durante o processo de eleição em nível nacional. A tecnologia para eleições presidenciais foi trazida pelos brasileiros, que utilizam esse modelo, rápida e confiável, há um tempo.
Os peruanos testaram as novas urnas, mais confiável e mais rápida para a contagem dos votos. Houve registros de algumas reclamações sobre as urnas: em uma cidade do sul do Peru, houve uma reclamação sobre a urna uma votante, na hora do confirmar o voto, não conseguia confirmar a operação. Mas esse foi um dos pequenos problemas durante as eleições em nível nacional. Os meios de comunicação mostravam direto como está sendo o resultado da nova urna eletrônica.
Com a rapidez das urnas eletrônicas, no dia 5 de junho, pode-se saber o resultado quase de imediato da vitória do ex-militar e líder do Partido Nacionalista Peruano. Os resultados dados pela Oficina Nacional de Processos Eleitorais (ONPE) apontam a vitória de Ollanta Humala sobre Keiko Fujimori do Partido Conservador Peruano, que representa a coligação (Fuerza 2011) com 51.48% dos votos, que equivalem a 7.929.958 votantes.
O candidato, agora presidente da república teve o apoio dos mandatários dos países como Brasil, Venezuela e Bolívia, o ex-presidente Lula da Silva nas suas visitas ao peru sempre foi bem recebido. Lula no peru é um exemplo de governante, e teve importante papel nessa vitória, pois demonstrou seu apoio nas campanhas do atual presidente peruano, assim como a atual presidenta do Brasil Dilma Rousseff não fez diferente e ainda deu algumas dicas durante as campanhas.
Com muita estratégia política, o senhor Ollanta Humala conseguiu o banco presidencial, Ollanta teve uma mudança radical desde que iniciou a maratona das campanhas eleitorais do primeiro turno, já que, da primeira vez que ele se candidatou como presidente, não conseguiu o pleito, devido ao fato de os peruanos não aceitarem o discurso de militar que empregava em suas campanhas. Agora o senhor Humala chega a surpreender milhões de peruanos com o discurso político ameno e mais intelectual, Diante disso vem a pergunta quem está por trás de tudo isso?
Para chegar a ter as mudanças radicais nos discursos o candidato, Humala fez promessas, à exemplo do que aconteceu no Brasil, como por exemplo, aposentadoria para pessoas maiores de 65 anos de idade sem ter contribuído com o Instituto Nacional de Serviço Social (INSS). Essa é uma das tantas propostas de Humala que, para obter tudo isso, contou com o apoio dos assessores do ex-mandatário Lula da Silva. Com a experiência bem-sucedida das campanhas de Lula, conseguiram a vitória a Ollanta.
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foto:http://listas.rpp.com.pe/politica/647-el-presidente-sudaca-del-ano |
Alan García Perez Presidente do Peru
Agora começa uma grande dúvida entre os peruanos: como será o governo do ex-militar? O atual presidente, Alan García, diz que o Peru está começando a decolar e tem que se manter assim, com o apoio dos empresários e manter as boas relações do país com os outros países do mundo.
Muitos empresários que investiram no país, trazidos pelo atual presidente Alan García, estão na incerteza em continuar investindo no país, já que Humala sempre foi radical em tudo. Além disso, ele não tem o apoio de países importantes, na questão econômica, como os Estados Unidos, que não apóiam o projeto de governo do presidente eleito no Peru.